...se alegra ou se conforma, por que?
Ele estava muito doente; estava sofrendo, foi melhor assim! Exclama a viúva. Mas foi melhor para quem?
Invariavelmente é ao outro que colocamos a razão do porquê de nossas desilusões, desgraças, conformismo e até alegrias.
Quando um homem padece doente, sem ter mais forças para decidir por si só é, tristemente, um necessitado das ações alheias. É, tristemente, um devedor de ações de terceiros. É, tristemente, um fardo nas costas daqueles que, "por obrigação", o seguram em seus últimos suspiros de vida.
É assim, não adianta nos fazermos de compadecidos e altruístas; o ego humano, a supremacia do ter em detrimento do Ser é um fato, uma ação inequívoca do homem. Esquecemo-nos de que somos apenas a menor partícula de um ínfimo grão de areia em uma vasta praia; um sopro de vida; um nada no espaço existencial.
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